Renúncia fiscal na Zona Franca de Manaus favorece oligopólio e prejudica pequenas empresas de refrigerantes

Tributos

Quase quatro bilhões de reais. Esse é o valor que o governo deixou de arrecadar em função da renúncia fiscal concedida às empresas de concentrados para refrigerantes ligadas às grandes corporações de refrigerantes localizadas na Zona Franca de Manaus, nos últimos três anos. Essa quantia poderia ser traduzida em benefícios para a própria sociedade como a construção de cerca de 298 mil casas populares ou pagos 9.389 milhões de salários mínimos.

 

Embora a Recofarma – companhia que produz o concentrado da Coca-Cola - seja a terceira com maior faturamento na Zona Franca de Manaus, ela gera apenas 155 empregos. Proporcionalmente a cada emprego gerado, em 2005, pelas gigantes de concentrados da Zona Franca de Manaus –– Coca-Cola, Pepsi-Cola e Ambev – são criados 93 postos de trabalho nas pequenas empresas de refrigerantes de capital nacional, instaladas em outros Estados brasileiros.

“A proposta da AFREBRAS – Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil é que as empresas de concentrados voltem a produzir nos diversos Estados do País, da mesma forma que ocorria até 2000, acabando com a concorrência desleal que prejudica as pequenas empresas, obrigadas a arcar com uma carga tributária maior” analisa Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Entidade.

Fonte: De León Comunicações

 

 

 

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