A norma vigente não limita quantidade mínima de inflamáveis
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Pirelli Pneus Ltda. a pagar o adicional de periculosidade a um industriário que trabalhava em área de risco em razão do armazenamento de produtos inflamáveis. Segundo a decisão, o adicional é devido independentemente da quantidade de produto armazenada.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) havia isentado a empresa do pagamento da parcela por considerar que os produtos armazenados não superavam os 200 litros estabelecidos na Norma Regulamentadora 16 do Ministério do Trabalho. O TRT levou em conta ainda a conclusão do perito de que as atividades do industriário não se enquadravam como perigosas de acordo com o Anexo 2 da NR 16.
Quantidade mínima
O empregado recorreu ao TST sustentando que a norma não limita a quantidade de inflamáveis para caracterizar o local como de área de risco. A relatora do recurso de revista, ministra Maria Helena Mallmann, observou que o TST entende que é devido o pagamento do adicional ao empregado que trabalha em área de risco em que há armazenamento de inflamáveis. “O limite mínimo de 200 litros estabelecidos no Anexo 2 da NR-16 refere-se apenas ao transporte de inflamáveis”, explicou.
Condenação
Por unanimidade, a Turma condenou a Pirelli ao pagamento do adicional de periculosidade por todo o período em que o industriário trabalhou exposto aos agentes infamáveis e sua repercussão nas demais parcelas.
Processo: RR-551-76.2013.5.04.0231
Como citar o texto:
Armazenamento de inflamáveis gera adicional de periculosidade a industriário . Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a. 17, nº 891. Disponível em https://www.boletimjuridico.com.br/noticias/8216/armazenamento-inflamaveis-gera-adicional-periculosidade-industriario-. Acesso em 11 set. 2018.
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